Centenário de criação da Banda Sinfônica da Academia Militar das Agulhas Negras

Resende (RJ) – A Banda Sinfônica da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) comemorou seu centenário com uma semana de intensas atividades, como cultos religiosos e lançamento de selo postal, dentre outras. As festividades começaram com a apresentação da Banda Sinfônica do Exército, no dia 6 de outubro, data em que a Banda da AMAN completou 100 anos. No dia 9, houve formatura envolvendo todos os setores da Academia. A homenagem dos cadetes deu-se pela abertura de dispositivo no Pátio Tenente Moura, através do qual os músicos dirigiram-se ao refeitório, onde almoçaram ao som da Banda 60 Horas, da Sociedade Acadêmica Militar. À noite, foi aberto o Salão de Artes Plásticas, com o tema 100 anos da Banda Sinfônica da AMAN, cujas obras ficaram expostas durante uma semana. No dia 10, foi lançado o selo postal comemorativo ao centenário da Banda, em parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, houve o descerramento de placa que imortalizou os nomes dos músicos que servem na AMAN. Essas atividades contaram com a participação do Diretor de Ensino Superior Militar, General de Brigada Ajax Porto Pinheiro. À noite, a Banda da AMAN e as Bandas da Escola Naval e da Academia da Força Aérea apresentaram peças musicais no Teatro Acadêmico. Na sexta-feira, encerrando a programação, a população foi presenteada com uma retreta em um shopping de Resende. Ao longo dos seus 100 anos, a "Banda da AMAN", como é conhecida, tem participado ativamente em todas as atividades de formação do futuro oficial da Academia. Com brilho, garbo e marcialidade, a banda da AMAN brinda a todos com um repertório eclético, que vai do erudito ao popular, do sinfônico ao marcial, com retretas, concertos e apresentações nas diversas formações musicais. O Decreto número 10.198, de 30 de abril de 1913, publicado no Boletim do Exército, nº 273, de 5 de maio do mesmo ano, traz o seguinte: "A Escola Militar terá uma banda de Música, que o governo manda organizar, sob a direção de um mestre reconhecidamente competente". Atendendo à ordem contida no Decreto, a Banda de Música da Escola Militar do Realengo foi criada no dia 6 de outubro de 1913, dando início, então, à trajetória de uma das mais importantes bandas do Exército Brasileiro, criada com a precípua finalidade de emular o espírito militar do cadete. Em 1944, juntamente com a Escola Militar do Realengo, foi transferida para a cidade de Resende, aos pés do majestoso maciço que hoje lhe empresta o nome de ¨Academia Militar das Agulhas Negras¨. A Banda Sinfônica da AMAN tem um papel fundamental, auxiliando com garbo o Corpo de Cadetes, bem como nas mais diversas atividades da vida Acadêmica, conjugando a vibração e marcialidade militar com a alegria e descontração do meio civil, que também desfruta das suas apresentações. A Banda Sinfônica também já participou de desfiles cívico-militares nas grandes capitais e diversos municípios de nosso País, marcando a presença da AMAN e do Exército Brasileiro nesses locais. Suas atuais dependências situam-se no Batalhão de Comando e Serviços, no Pavilhão Maestro Joaquim Pereira de Oliveira. Esse nome foi uma justa homenagem ao seu prolífico regente nos anos 50, autor de vastíssima obra musical, reconhecido mundialmente pela criação do Dobrado ¨Os Flagelados¨, que é executado até hoje por bandas de música de vários países e do Dobrado "Academia Militar". Desde o seu primeiro regente, o 2º Ten Arsênio Porto, passando por outros renomados regentes que o sucederam, a Banda Sinfônica da AMAN sempre contou com grandes talentos da música. Atualmente, o seu quadro efetivo está composto por 93 músicos, oriundos dos mais diversos rincões da nossa terra, todos dotados de profunda sensibilidade artístico-musical e com o objetivo unânime de entusiasmar e motivar a tropa de maneira marcante, despertando-lhe a vibração do início ao fim das jornadas acadêmicas, tudo isso aliado ao profícuo trabalho de Relações Públicas que o Exército Brasileiro desenvolve junto a comunidade civil, elevando em todos o civismo e a brasilidade.